Por Lulu
Conto infantil dedicado aos netos
Vicente, Vinícius e Murilo.
Vicente, Vinícius e Murilo.
![]() |
Self do Porquinho Saruê |
Na Casa da Felicidade, viviam dois meninos muito inteligentes e sapecas. Chamavam-se Digá e Lalu.
Eram inteligentes porque prestavam muita atenção no que os mais velhos faziam.
Eram sapecas porque nem sempre seguiam os conselhos dos pais.
![]() |
Coice de burro é fogo |
O pai aplicou uma ventosa bem em cima de onde o burro tinha dado o coice porque ventosa cura por dentro.
![]() |
Copo lagoinha |
Enquanto aplicava a ventosa, o pai explicava para os meninos:
----Tá vendo Digá, tá vendo Lalu! Vocês não podem fazer isso. Só gente grande e com juízo pode aplicar ventosa. É perigoso porque tem fogo. O álcool pode espalhar, queimar e até matar quem brincar com ele. Não é brinquedo de criança.
![]() |
Álcool e chama são perigosos. |
--- Tá bom, papai, a gente não vai fazer isso.
Lalu respondeu:
--- Nós nunca vamos fazer isso. Pode ficar tranquilo, papai.
![]() |
Pé de algodão. |
O porquinho que estava solto era bonito, gordinho, de cor rosada, com pele lisa, o nome dele era Porquinho Saruê.
Os meninos tiveram a mesma ideia e disseram:
--- Vamos aplicar uma ventosa no Porquinho Saruê.
Digá pegou o copo, Lalu pegou o álcool e a caixa de fósforos, mas não pegou o algodão. Lalu encheu o copo com álcool.
Os dois meninos pegaram o Porquinho Saruê, botaram fogo no álcool dentro do copo e aplicaram a ventosa nas costas dele.
O Porquinho Saruê sentiu uma dor muito forte e escapuliu das mãos dos meninos.
O álcool e o fogo cobriram as costas do pobre Porquinho Saruê.
O Porquinho Saruê correu pelo quintal esparramando fogo por todo lado. O pobre animalzinho estava apavorado e gritava muito alto. Os meninos correram atrás do Porquinho Sarué apagando o fogo.
Sorte os meninos não ficarem também queimados. Feliz o Porquinho Saruê que melhorou logo, pois leitão tem muita gordura no lombo que protege contra queimaduras.
O pai deu graças a Deus porque o Porquinho Saruê não morreu, mas teve que castigar os meninos para eles aprenderem o valor da obediência.
Digá ficou de joelhos durante 3 horas em cima de grãos de feijão. Lalu era mais velho do que o Digá, por isso teve que ficar de joelhos, sobre grãos de milho de pipoca, durante 5 horas.
Quandro anoiteceu, o Porquinho Saruê foi para o chiqueiro descansar de um dia tão difícil e doloroso. Todos da casa comeram bem naquela noite. Mas Lalu e Digá, por ordem do pai, só puderam comer arroz com feijão e angu.
No outro dia todos estavam felizes, e o Porquinho Saruê fuçava no quintal como se nada tivesse acontecido no dia anterior.
..................... FIM ..........................
Se leu aprendeu:
A estória aqui contada
cheia de fogo e carvão,
aconteceu de verdade,
tinha copo e algodão.
Mas você que é criança
e não quer ter má fama,
evite brincar com fogo,
para não mijar na cama.
Pois até achei que os meninos, mesmo sem intenção, iam comer um churrasquinho de Saruê.
ResponderExcluirVocê tem razão, o Porquinho Saruê só não morreu porque essa é uma história infantil. E espero que os netos do autor não leiam os comentários.
ExcluirVocê tem razão, o Porquinho Saruê só não morreu porque essa é uma história infantil. E espero que os netos do autor não leiam os comentários.
ExcluirLalu e Digá. Só podiam ser esses dois mesmo! Conheço-os muito bem. Isto é, quanto ao Digá tenho que infelizmente dizer: conneci-o.
ResponderExcluir