sábado, 2 de novembro de 2024

Origem dos Henriques de Miranda de Senhora de Oliveira e região

 

Primeira  foto dos Henriques de Miranda
de Senhora de Oliveira (1911). Em pé no fundo,  
da esquerda para a direta: Maria Joaquina (Sá
 Tita);Deolina Maria da Conceição com a
menina no colo; Joaquim Henriques de Miranda;
Assentado: João Henirques de Miranda Primo (
O João da Vargem;  As crianças de pé, da direita 
para a esquerda, Herlindo;  Rosalino (Loló); Alípio; 
  Amantino e Francisco Francisco. A menina no colo
 é  Rita Henriques de Miranda

Autores: Rosali Henriques* e Rosalia Henriques**; Editor: Luiz Henriques***

 

1 Sobre Cláudio José de Miranda

Iremos começar por Cláudio José de Miranda, que neste texto será chamado de Alferes Cláudio José de Miranda, para evitarem-se confusões com homônimos. Ninguém nasce com patente, e este menino veio ao mundo despido de títulos e perspectivas, o posto militar só veio quando já era adulto, é obvio. Completa este quadro de poucas possibilidades para uma criança pobre o fato de este ter nascido em dia e mês incertos, provavelmente em 1770, em Guarapiranga, Minas Gerais, mas foi batizado em 6 de junho de 1770, sendo seu padrinho o açoriano Antonio Luís de Miranda, viúvo de Maria das Neves Moreira, e  madrinha sua filha Ana Luísa Miranda, e neste dia já aparecem indícios de o que o menino tem estrela. Ele foi exposto na casa desse português Antonio Luís de Miranda, conforme podemos verificar em seu processo matrimonial[i]. Além disso, consta no batismo do filho Manoel, em 1793[ii],  que os avós paternos são ignorados por ser o pai do batizando exposto.

Aqui cabe uma explicação: os expostos, como eram chamados os filhos de criação no período colonial, comumente não eram crianças deixadas à porta das casas das pessoas durante a noite. Elas eram entregues diretamente àqueles que deveriam criá-las e todos sabiam de quem a criança era filha ou pelo menos na parte materna. Embora  muito se fale sobre a roda dos expostos, e há uma espécie de lenda de que as crianças eram entregues às freiras da Santa Casa sem que elas pudessem ver quem as tinha colocado na roda giratória, na prática, no Brasil houve muito pouco esse tipo de entrega. Principalmente porque não havia a instituição da roda da Misericórdia na maioria dos municípios, como é o caso de Guarapiranga[iii]. O sistema exposição era um sistema organizado no qual muitos daqueles que criavam expostos poderiam obter recursos da Câmara Municipal para o sustento da criança exposta.

Chamado de enjeitados, na verdade, pelo pouco que chegou de informação aos nossos dias, as crianças expostas eram, na sua maioria, bastardos de casais ainda não legitimados pelo matrimônio, filhos de mães solteiras, de padres e outros que não poderiam batizar legitimamente os seus filhos. Alguns desses expostos eram depois legitimados por um casamento posterior, perfilados em testamentos e outros nunca terão a sua paternidade oficialmente reconhecida, embora sempre se soubesse quem eram os pais.

O certo é que o Alferes Cláudio José de Miranda cresceu sob os cuidados de Antonio Luís de Miranda, já idoso, e sua filha Flávia, que o levariam para ser batizado na Capela de São Miguel de Mestre de Campos em Guarapiranga, e lhe dariam o nome da família[iv]. Seria uma história, como muitas de pouco interesse, caso esse menino não se tornasse um cidadão de prestígio que viria a gerar uma grande família com desdobramentos posteriores e que ocuparia uma escala social superior na região de Guarapiranga, Minas Gerais. Seria justo pensar que a riqueza que sua família viria a adquirir, ao longo dos anos posteriores à morte do pai adotivo, como de fato aconteceu, viesse de alguma herança deixada pelo Sargento-Mor. Ledo engano: no testamento do pai adotivo, aberto em 1777, o Alferes Cláudio José de Miranda nem foi citado[v].

Mas é bastante razoável acreditar que o legado do nome “Miranda” teria peso em seu futuro: o fato de ter sido criando em ambiente familiar bem estruturado, certamente o ajudaria em seus negócios, abriria portas e créditos. Além disso,  o nome e o prestígio do pai que o criou seria sua herança, mas do ponto de vista financeiro, contudo, somente muitos anos depois, em 1794, o Padre Salvador Martins de Miranda (1730-1794), seu irmão de criação e provável pai, o tenha citado em seu testamento ao nele escrever: “a meu afilhado (sic)[vi] Claudio José de Miranda que foi exposto e criado em casa dos meus pais (deixo) duzentos mil réis em ouro por esmola”, alimentado a crença de que o próprio padre e irmão de criação fosse efetivamente o pai biológico do Alferes Cláudio José de Miranda[vii]. Além dessa conjectura, ainda existe outra suspeita de que ele poderia ser filho da madrinha e irmã de criação, Flávia Luísa Miranda, que faleceu solteira, pois em seu testamento ela afirma ser solteira e sem herdeiros, nomeando o afilhado, Alferes Cláudio José de Miranda, como seu testamenteiro e herdeiro. É justo acreditar que boa parte dos bens do Alferes Cláudio José de Miranda possa ter vindo de sua madrinha, Flávia Luísa, em 1789[viii].

Houve um grande afluxo de portugueses nessa região de Piranga no período posterior ao descobrimento do ouro na região de Ouro Preto. Guarapiranga era zona de influência de Mariana e seu povoamento se deu a partir dos deslocamentos de famílias vindas de São Paulo, bem como de portugueses recém-chegados do Reino, no início do século XVIII[ix]. É uma região predominantemente agrícola e seu desenvolvimento dá-se a partir do declínio do ouro e da necessidade da produção de alimentos para a zona da mata mineira.

O Alferes Cláudio José de Miranda  casou-se em 1790, em Guarapiranga, com Maria Antônia Angélica da Trindade[x], nascida em 1771, em Guarapiranga, filha dos açorianos Manoel Ferreira Neves e Antonia Angélica da Trindade[xi]. Além desse casamento esse português casou a outra filha, Clara Maria de Jesus, com o Alferes José Ignácio da Silva Araújo, ele também filho de português e importante família da região. Inclusive.  Em 1817, o Alferes Cláudio José de Miranda foi o inventariante do sogro[xii].

Do casamento do Alferes Cláudio José de Miranda com a Maria Antônia nasceram dez filhos gerando uma grande descendência em Senhora de Oliveira e região, sendo que oito deles constam na lista de herdeiros do inventário do pai em 1842[xiii], cujo inventariante foi o genro Jacob Henriques Pereira, pois Maria Antonia da Trindade já era falecida. Não se sabe ao certo a data exata do falecimento do alferes, mas seu inventário foi aberto em 1842, na freguesia de Oliveira, em Guarapiranga, Minas Gerais.


 

2 A descendência do Alferes Cláudio José de Miranda e Maria Antônia Angélica da Trindade

Já alguns anos depois, aquele menino já era proeminente, o exposto sem eira e nem beira agora era então o Alferes Cláudio José de Miranda que teve um filho de mesmo nome que daria origem aos Henriques de Miranda, que são descendentes de dois de seus filhos casados com filhos de Domingos Henriques Pereira e Helena Rosa do Sacramento: o filho Cláudio José de Miranda que casou com Florinda Rosa do Sacramento e a filha Ana Umbelina de Jesus (ou Ana Francisca) casada com Jacob Henriques Pereira, que falaremos a seguir.

São esses os filhos conhecidos do Alferes Cláudio José de Miranda com Maria Antônia Angélica da Trindade.

1.    Manoel de Miranda (1793-1800)

2.    Maria do Carmo (1794) casada com o capitão Francisco Diaz Ferraz

3.    Francisco José de Miranda (1796) casado duas vezes: primeiramente com Francisca Rosa de Jesus e posteriormente com Maria Luiza de Oliveira

4.    Cláudio José de Miranda (1798-1845) casado com Florinda Rosa Umbelina de Jesus

5.    Manoel José de Miranda (1800-1850) casado com Eufrásia Maria de Jesus

6.    Clara Maria de Jesus (1803-1845) casada com Domingos Henriques Pereira

7.    Francisca Rosa de Jesus (1804-1879) casada com José Joaquim Barbosa

8.    João José de Miranda (1805-1842) casado com Ana Francisca de Jesus

9.    Antônio José de Miranda (1808-1840) casado com Luzia Clara da Rocha

10. Ana Umbelina de Jesus (1813-1913) casada com Jacob Henriques Pereira

 

3 O entrelaçamento dos Miranda e dos Henriques Pereira

Dos nove filhos que chegaram à vida adulta e contraíram matrimônio, três deles se casaram na família Henriques Pereira (Cláudio, Clara Maria e Ana Umbelina) e dois se casaram na Família Rodrigues Pereira (Manoel e João). Demostrando assim um costume da época e que se perdurou na troca de filhos do casal das famílias influentes. No censo de 1831 encontramos na freguesia de Nossa Senhora de Oliveira, atual Senhora de Oliveira, os seguintes filhos desse casal: Ana Umbelina, Manoel José, Cláudio José, João José, Antônio José e Clara Maria. Também encontramos o Alferes Cláudio José de Miranda já viúvo com a idade de 72 anos[xiv]. Os filhos Francisco e Maria do Carmo aparecem em fogos em Desterro do Melo.

Nota-se que houve uma preferência por casamentos com filhos de Domingos Henriques Pereira casado com Elena Rosa do Sacramento, nascido em Capela Nova, filho de José Henriques de São Francisco, também português que se casou em Conselheiro Lafaiete e seus filhos se espalharam pela região da atual Zona da Mata mineira.

Para falarmos sobre o surgimento do sobrenome Henriques de Miranda é importante abordar a questão dos sobrenomes de origem portuguesa na região nesse período compreendido entre os fins do século XVIII até final do século XIX. Não havia o costume, como há hoje, das mulheres legarem seus sobrenomes aos filhos. Como era comum em Portugal e na Espanha, normalmente os filhos homens recebiam o sobrenome ou apelido (como se diz em Portugal e Espanha) do pai enquanto as mulheres recebiam o sobrenome materno ou um nome devocional, tais como Jesus, São José, Santa Ana, Sacramento, Assunção, etc[xv]. No caso do Alferes Cláudio José de Miranda, por uma escolha sua ou de seu pai adotivo, Antonio Luís de Miranda, ele não adotou o nome composto que o pai passou aos filhos homens: Martins de Miranda.

Antonio Luís de Miranda, cujo pai possuía um nome igual ao seu, passou para os filhos o sobrenome composto Martins de Miranda, sendo o Martins originário de sua mãe, Ana Martins de Paiva. Ao contrário de seu irmão, Manoel Martins de Paiva que veio jovem e casou-se em Minas Gerais, que passou a assinar Martins de Paiva e que também deu origem a uma grande família na região de Guarapiranga.

Sendo assim, qual era o costume para quem não tinha sobrenome composto, como é o caso do Alferes Cláudio José de Miranda? Normalmente os filhos homens pegavam o segundo nome e o sobrenome do pai, por isso, todos os filhos homens do casal que chegaram à vida adulta tem o José como segundo nome e o Miranda como sobrenome. Era muito raro, embora acontecesse, que as mulheres passassem o sobrenome devocional ou religioso. Nesse caso, Maria Antonia Angélica da Trindade não passou o Trindade nem para as filhas, que passaram a assinar, as duas, como Jesus e a Maria do Carmo sem sobrenome.

Como se dá a dinâmica na segunda geração dos filhos do Alferes Cláudio José de Miranda? Dos quatro filhos homens que tiveram descendentes podemos notar que apenas o Francisco José de Miranda irá continuar a dinâmica, nomeando seus filhos da seguinte forma: primeiro nome e em seguida o José de Miranda.

João José e Manoel José só o fizeram apenas com um filho com os nomes iguais aos seus. No caso de João José, ele termina por colocar outras denominações nos filhos homens, como Francisco de Paula Miranda, Herculano Miranda. E o Manoel José, embora tenha um filho com esse mesmo nome, vai renomear o outro filho como Rodrigues de Miranda, sendo o Rodrigues originário da família de sua esposa, Rodrigues Milagres, embora ela mesma não assinasse esse sobrenome. Assim surge um outro sobrenome muito importante na região, que deverá se enraizar na região de Rio Espera: os Rodrigues de Miranda.

Na descendência feminina, salva exceção à Ana Umbelina, todos os descendentes das filhas do Alferes Cláudio José de Miranda receberam os sobrenomes paternos e não serão abordados nesse texto.

Por fim, os dois filhos do Alferes Cláudio José de Miranda que se casaram com filhos de Domingos Henriques Pereira optaram por somar o sobrenome Henriques ao Miranda, constituindo um novo sobrenome: Henriques de Miranda. A seguir iremos falar sobre a descendentes desses dois filhos: Cláudio José de Miranda (filho) e Ana Umbelina de Jesus.

 

4 Os descendentes de Cláudio José de Miranda e Florinda Rosa do Sacramento

Cláudio José de Miranda[xvi] (filho) nasceu em 01/07/1798 e foi batizado em 17/07/1798 em Senhora de Oliveira, naquela ocasião distrito de Guarapiranga e conhecida somente como Oliveira. Faleceu em 1845 em Senhora de Oliveira tendo seu inventário arquivado no Fórum de Piranga[xvii]. Ele casou-se com Florinda Rosa Umbelina de Jesus ou Florinda Maria do Sacramento, filha de Domingos Henriques Pereira e Elena Rosa do Sacramento, batizada em 16/05/1801 na Ermida de Nossa Senhora das Dores em Capela Nova. Se casaram cerca de 1817 em Itaverava conforme processo matrimonial encontrado no Arquivo Eclesiástico de Mariana[xviii]. Não sabemos ao certo em que local se casaram, provavelmente em Senhora de Oliveira. Não temos informações de quando faleceu Florinda.

Embora apenas seis filhos desse casal constam na lista de herdeiros do pai em 1842, sabemos do nascimento dos seguintes filhos desse casal:

1.    Ana de Miranda (1813)

2.    Francisca de Miranda (1816)

3.    José Henriques de Miranda (1817) casado com Joaquina Eufrásia de Jesus

4.    Maria Rosa do Sacramento (1821) com Manoel Henriques Pereira, tio materno dela.

5.    Cláudio José de Miranda (1824) casado com Joaquina Rosa de Miranda

6.    Hipólita de Jesus Miranda (1825) casada com Francisco Coelho da Motta Couto

7.    Rita Umbelina de Jesus (1834-1897) casada com o Major José Henriques Pereira, seu primo.

8.    Jacob Henriques de Miranda (1837-1898) casado em primeiras núpcias com Maria Antônia de Jesus e em segunda núpcias com Cândida Rosa da Silva.

 

Filhos de Cláudio José de Miranda (filho) e Florinda que transmitiram o Henriques de Miranda

Do casamento de José Henriques de Miranda com Joaquina Eufrásia de Jesus temos conhecimento de apenas uma filha:

1.    Antônia Miranda (1837)

 

Do casamento de Jacob Henriques de Miranda com Cândida Rosa Silva conhecemos os seguintes descendentes:

1.    Cláudio Henriques de Miranda (1870-1962) casado com Francisca Milagres da Silva

2.    Jacob Henriques de Miranda Júnior (1872-1921) casado com Florinda Maria de Jesus

3.    Elice Henriques de Miranda. Não temos informações sobre casamento ou descendência

4.    Florinda Cândida de Miranda (1882) casada com Manoel Januário Carneiro

5.    Cecília Cândida de Miranda (1885) casada com Tristão Gonçalves de Araújo

 

Já do casamento dele com Maria Antônia de Jesus temos:

1.    Rafael (1863-1884)

2.    Florinda Cândida do Sacramento (1864)

3.    Francisco Henriques de Miranda casado em primeiras núpcias com Francisca Maria de Jesus e em segunda núpcias com Maria Madalena

4.    João Henriques de Miranda casado com Manoelina Victor de Jesus

 

Do primeiro casamento apenas o filho do Jacob perpetuou o sobrenome Henriques de Miranda porque o Cláudio Henriques de Miranda passou Milagres Miranda para os filhos. Já do segundo casamento temos dois filhos conhecidos que passaram o sobrenome à frente, são eles: Francisco Henriques de Miranda e João Henriques de Miranda.

 

5 Os descendentes de Ana Umbelina de Jesus e Jacob Henriques Pereira

Ana Umbelina de Jesus[xix] nasceu provavelmente em 1813. Esta informação é estimada porque ela tinha a idade de 18 anos por ocasião do censo de 1831. Acreditamos que nasceu e foi batizada em Senhora de Oliveira porque alguns de seus irmãos mais velhos já nasceram nesta localidade. Não temos informação de quando faleceu. Casou-se aproximadamente em 1828 provavelmente em Senhora de Oliveira com Jacob Henriques Pereira, filho de Domingos Henriques Pereira e Elena Rosa do Sacramento, batizado em 21/03/1807 em Caranaíba e tem data estimada de falecimento em 1862.

Do casamento de Ana Umbelina de Jesus com Jacob Henriques Pereira nasceram os seguintes filhos conhecidos:

1.    Francisca Umbelina de Jesus (1829-1899) casada com seu primo Manoel Henriques Pereira

2.    João Henriques de Miranda (1828-1928) sem casamento e descendência conhecida.

3.    Jacob Henriques Pereira (filho) (1834-1921) casado com Maria Antônia de Jesus

4.    José Henriques Pereira (1884) casado com Ana de Jesus

5.    Francisco Henriques de Miranda casado com Rita Rosa de Jesus

6.    Honório Henriques Pereira casado com Maria Madalena de Jesus

7.    Maria Umbelina de Jesus casada com Joaquim Gonçalves Correia

 

Percebe-se que nem todos os filhos desse casal mantiveram o sobrenome, mas desses só temos conhecimento de casamento e descendência de Francisco Henriques de Miranda.

1.    João Henriques de Miranda Primo casado em primeiras núpcias com sua prima Maria Joaquina de Jesus e em segundas núpcias com Deolinda Maria da Conceição.

2.    Francisca Rosa de Jesus casada com Jacob Gonçalves Correia

 

Do casamento de João Henriques de Miranda Primo (João da Vargem) com sua prima pelo lado paterno, Maria Joaquina de Jesus, ela também neta de Jacob Henriques Pereira, nasceram os seguintes filhos:

1.    Joaquim Henriques de Miranda morreu ainda novo e solteiro, não deixando descendentes

2.    Maria Joaquina de Jesus casada com Joaquim Caetano de Souza

Maria Joaquina de Jesus (SáTita) e Joaquim Caetano de Souza (Joaquim Fidelis)

geraram os seguintes filhos:

1.    João Camilo de Souza            

2.    Rita de Souza               

3.    Francisca de Souza                 

4.    Terezinha de Souza                 

5.    Conceição de Souza               

 

Do casamento de João Henriques de Miranda Primo (João da Vargem) com Deolinda nasceram os seguintes filhos:

1.    Herlindo Henriques de Miranda (1901-1992).

2.    Francisco Henriques de Miranda de Souza (1902-1992) casado com Maria Augusta de Paula

3.    Amantino Henriques de Miranda (1903-1964) casado com Maria da Conceição Silva, em 1923

4.    Francisca Henriques de Miranda (1903-falecida) Não conhecemos casamento ou descendência

5.    Alípio Henriques de Miranda (1904-1979) casado com Cândida Milagres Miranda

6.    Rosalino Henriques de Miranda (1908-1994) casado com Izabel Rodrigues Pereira

7.    Rita Henriques de Miranda (1910-2002) casada com Edgard Alfenas

8.    Maria Henriques de Miranda Vidigal (1915-1995) casada com José Quintão Vidigal

 

Descendentes de Herlindo Henriques de Miranda com  Maria Alice Condé :         

    

1.    Alice Miranda Condè    1923/ 

2.    Noburga Miranda Condé         1926/2002*  

3.    Cosme Henriques de Miranda 1930/1999

4.    Damião Henriques de Miranda          

5.    Tito Miranda Condê

6.    Célia Miranda Condê   

7.    Deolinda Miranda Condè

        Descendentes de Francisco Henriques de Miranda de Souza com Maria Augusta de Miranda:

1                         1. Calazans de Miranda

2               2. João Matildes Miranda      

3.               3. José Nocodemos de Miranda (Dezinho)

4.                       4.  Pedro Henriques de Miranda       

5.                       5. Efigênia   Miranda Moreira            

6.                        Deolinda Miranda   

7.                      7. Ana Miranda (Nana            

8.                       8. Carrme Miranda

9.                       Rita Miranda /          

Descendentes de Amantino Henriques de Miranda com  Maria da Conceição da Silva:

1.    Maria Henriques Pereira         

2.    Itamar Henriques Pereira       

3.    Isonel Henriques Pereira        

4.    Ismar Henriques Pereira

5.    Nitair Henriques Pereira

6.    Lélia Henriques Pereira          

Descendentes de  Alípio Henriques de Miranda com   Cândida Milagres Miranda:

1.    Olga Milagres Miranda 1938/  ?

2.    Ordália Milagres Miranda

3.    Norberto Milagres (Bebeto)

4.   Roberto Milagres (Betinho)

5.    Antônio Milagres de Miranda  /          

6.    João Saturnino Miranda           1945/ 

7.    Raul Milagres de Miranda        1943/ 

8.    Joaquim Milagres de Miranda 1940/***        

9.    Elza Milagres de Miranda        1936/ 

10. Maria Milagres de Miranda (Salia)     1932/ 

11. José Milagres de Miranda       1930/***        

12. Guiguinha           1941/ 

13. Naná de Alípio   1934/ 

14. Cláudio Milagres de Miranda  1941/ 

15. Marta Milagres de Miranda      1943/ 

Descendentes de  Rosalino Henriques de Miranda      com  Izabel Rodrigues Pereira:

1.    Rosalino  José de Miranda      /          

2.    João Rodrigues de Miranda (João de Loló) /          

3.    Ailton Rodrigues de Miranda   /          

4.    Luiz Rodrigues de Miranda     /          

5.    Maria Rodrigues de Miranda   /          

6.    Geraldo Rodrigues de Miranda          /          

7.    Carmen Lizeti Miranda Milagres           

8.    Wanda Rodrigues Miranda Romero de Oliveira 

                                                                        com Rita Paulina Câmara (Ritinha):

9. Carlos Henriques Câmara Miranda

         

Descendentes de Rita Henriques de Miranda com Edgard Alfenas:                

1.    João Henriques Alfenas           1930/2011

2.    Garcez Silvestre Alfenas         1933/2006    

3.    Maria Henriques Alfenas Nogueira    1935/             

4.     Adelina Maria Alfenas Milagres         1939/ 

5.    José Geraldo Alfenas   1941

6.    Benedito Henriques Alfenas    1943/2021    

7.    Luiz Henriques Alfenas 1945/             

8.    Edgard Miranda Alfenas          1948/2017    

Descendentes de Maria Henriques de Miranda Vidigal com José Quintão Vidigal:      

1.    Tereza Henriques Vidigal Infante       1940/2024

2.    Miguel Henriques Vidiga         

3.    João Henriques Vidigal            séc XX/         

4.    José Henriques Vidigal            séc XX/                     

5.    Deolinda Henriques Vidigal     séc XX/

6.    Rodolfo Henriques Vidigal       séc XX/

7.    Antônio Henriques Vidigal       1933/1957    

 

É importante ressaltar que este documento não pretende abranger todos os membros da família Henriques Miranda, pois há lacunas em relação a algumas pessoas da cidade de Senhora de Oliveira, que não puderam ser incluídas na árvore genealógica. Ainda assim, sabemos que, em alguns casos, podem pertencem à mesma família. São elas:

1.    Faustino Henriques de Miranda Casou-se em 1898 com Jocelina Miguelina de Jesus. Mãe Margarida Eufrásia de Jesus

2.    Agripino Henriques de Miranda Casou-se em 1927 com Adelina Maria de Jesus.  Mãe Umbelina Rosa de Jesus e pai Firmino Gonçalves Correa. Acreditamos que esta Umbelina seja filha de algum Henriques de Miranda.

3.    Hipólito Henriques de Miranda casado com Deolinda Alcina do Nascimento e seus filhos: Bernardino Henriques de Miranda, Francisco Henriques de Miranda e Amantino Henriques de Miranda.

4.    Franklin Henriques de Miranda (1894-1977) mãe Henriqueta Maria de Jesus.

5.    Preverico Henriques de Miranda casado com Victoria Ignez com filho nascido em 1908.

6.    Gonçalves Henriques de Miranda casado com Gabriela Maria de Jesus com filha nascida em 1897.

7.    João Henriques de Miranda casado com Maria Gonçalves de Oliveira com filho nascido em 1895.

8.    Dirceu Henriques de Miranda casando em 1899 com Maria Cândida da Conceição

9.    Francisco Henriques de Miranda casado com Maria Augusta Miranda com filha nascida em 1932.

10. Antônio Henriques de Miranda casando em 1907 com Ana Umbelina de São José. Está indicado que é filho de Luiz Henriques Pereira e Cândida Maria do Carmo. Não há indicação de onde possa ter vindo o Miranda.

11. Sebastião Faustino Henriques de Miranda casando aproximadamente 1920 com Maria Patrocínio Eufrásia.

Antes de entrar no emaranhado de nomes, muitos homônimos, que causam grande confusão para os afeitos à genealogia, um alerta. Não é bom fiar me qualquer informação é preciso checar datas que corroboram os dados espalhados por aí.

Se você é descendente de alguns desses nomes mencionados acima comentem conosco o seu grau de ligação para completarmos a árvore genealógica dos Henriques de Miranda de Senhora de Oliveira e região.



[i] O processo consta no Arquivo Eclesiástico de Mariana sob nº 1600, armário 2, pasta 160.

[ii] Batismo de Manoel José de Miranda em  8 de abril de 1793 em Piranga, Minas Gerais. Fonte: https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:9Q97-Y33Z-8WD

[iii] ANDRADE, Mateus Rezende de. “A  dona enjeitada: abandono de crianças, mobilidade e hierarquias sociais (Minas Gerais, Século XIX)”.  Ponta de Lança, São Cristóvão, v.12, n. 23, jul. - dez. 2018.

[iv] Os filhos biológicos do casal receberam o sobrenome composto do pai, Martins de Miranda, enquanto Cláudio recebeu apenas o Miranda.

[v] Inventário disponível na Casa Setecentista de Mariana, 1º ofício, códice 31, auto 756, ano 1777. Link para o inventário completo no site da Casa Setecentista de Mariana https://casasetecentista.lampeh.ufv.br/visualizador?id=96 e para transcrição do mesmo:  https://paginasdofuturo.blogspot.com/2010/10/testamento-de-antonio-luis-de-miranda.html.

[vi] Colocamos esse SIC porque na verdade o padre não foi padrinho de Cláudio José de Miranda, mas sim seu pai e sua irmã Flávia Luísa de Miranda.

[vii] .SILVA, Taiane Cristina da. Os filhos da piedade: exposição na freguesia de Guarapiranga, Minas Gerais (1720-1820) Dissertação de mestrado em História. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2017. página  91.  https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AQHGNS/1/disserta__o_os_filhos_da_piedade__fafich_.pdf

[viii] Inventário post-mortem de Flávia Luísa de Miranda. Casa Setecentista de Mariana, 1º Ofício, códice 144, auto 3016, na 1789. Disponível em: https://casasetecentista.lampeh.ufv.br/entrar?redirect=%2Fvisualizador%3Fid%3D745

[ix] SOUZA, Laura de Mello e. Norma e conflito: aspectos da história de Minas no século XVIII. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006

[x] Não sabemos a data exata do casamento, mas seu processo matrimonial encontra-se no Arquivo Eclesiástico de Mariana, sob nº 1600.

[xi] Embora os noivos sejam açorianos, eles se casaram em Piranga em 25 de junho de 1767.  Livro 11 - Prateleira Y - folha 122 - Piranga - Arquivo Eclesiástico de Mariana.

[xii] Inventário disponível na Casa Setecentista de Mariana. https://casasetecentista.lampeh.ufv.br/visualizador?id=3284

[xiii] O inventário encontra-se no Fórum de Piranga e tivemos acesso apenas a um resumo efetuado pela equipe do professor Fábio da UFV. Nele podemos verificar que não consta herdeiros dos filhos Antonio José de Miranda, que faleceu em 1840 sem filhos e o primeiro Manoel falecido em 1800. 

[xiv] Talvez essa idade dele não seja correta porque se for, ele teria nascido em 1759 e não em 1769 como cremos por causa do batismo. Teria sido ele batizado com 10 anos?

[xv] CARVALHO, Gilberto de Abreu Sodré. Dos nomes completos e sobrenomes na cultura luso-brasileira. Revista Asbrap, nº 20, artigo 1, 2013. rev20_art1.pdf

[xvi] Em alguns documentos aparece como Cláudio Manoel de Miranda (inventário do pai) ou Claudio Henriques de Miranda (óbito da filha Rita).

[xvii] Inventário de Claúdio José de Miranda, inventariante Clara Maria de Jesus. Fórum da Comarca de Piranga, auto A021, códice 287.

[xviii] Processo matrimonial nº 85098 – Arm. 34 – Pasta 8510 – Local: Itaverava, Arquivo Eclesiástico de Mariana.

[xix] Em alguns documentos aparece como Ana Francisca de Jesus.

Rosali Henriques

Doutora em Memória Social - Unirio
Doutoranda em História 
Universidade Nova de Lisboa / Universidade Federal de Juiz de Fora

** Rosalia Henriques 
 
Mestre em Saúde Brasileira / Universidade Federal de Juiz de Fora
Genealogia nas horas vagas.

*** Luiz Henriques vide aqui


2 comentários:

  1. O editor agradece a Carlos Henriques pelas sugestões quanto a nomes de descendentes de seu pai, Rosalino Henriques de Miranda. Além disso me apontou um erro na sequência dos nomes dos meninos filhos de João da Vargem. Apesar de a foto ser originalmente de minha coleção, herdade de Deolinda Maria da Conceição, havia me esquecido da fisionomia de meu querido Tio Loló.

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